Vitrola
Conduz do vinil por um fiouma canção que me faz horrorizada.
Irrompe na máquina do corpo
o rigor orgânico,
a poesia
e o nada.
Gira como exalando
perfumes da infância em pitadas.
O som das palavras e o tropeço
a cada trilha em sílaba cruzada.
Parece o mover desse prato
da minha vida contornar as beiradas.
Choques de cisco me assustam
e a safira da agulha encravada
retira a poesia do medo
de tantas voltas desperdiçadas.
Breve Nota Pessoal: Poema simples mas registra peculiar impressão da amiga Mariana. Estive ontem, sábado, 03 set, no seu lançamento na Casa das Rosas. Bom revê-la! E melhor adquirir sua obra.
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