Por
Nicholas Maciel Merlone
A
amizade, como afirma Aristóteles, trata-se de uma relação privilegiada entre
duas pessoas, baseada na igualdade de estima recíproca e na confiança. Sendo
assim, registro neste curto espaço algumas palavras sobre a obra Ensina-me a rezar, do Padre e amigo Juarez de Castro.
O
Estado brasileiro é laico, secular, ou seja, não admite a junção entre ele e as
religiões. Nossa Constituição expressa logo em seu Preâmbulo que o Brasil está
“Sob a proteção de Deus”. Ora, isso possui um significado simbólico e
importante que demonstra a fé do povo brasileiro, porém não significa que deva
ter força normativa, assim como já decidido pelo Supremo Tribunal Federal
(STF). Na verdade, as religiões devem coexistir em paz social e harmonia, com o
respeito ao credo do próximo, sem que se interfira no mundo jurídico.
Por
outro lado, como dito, tem fundamental importância por evidenciar a fé do
brasileiro. Além disso, vale dizer que, em situações específicas, a Igreja e o
Estado caminham juntos, como na execução de obras sociais.
Em
2013, o Papa Francisco, na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em seu penúltimo compromisso, disse aos
jovens que ocupavam o Rio Centro (Rio de Janeiro / RJ) que sejam
revolucionários, que vão contra a corrente.
Pois
bem, o Padre Juarez de Castro, em sua última obra Ensina-me a rezar, revoluciona o modo tradicional ao escrevê-la.
Sim, trata-se de um livro revolucionário.
Isto porque revoluciona a forma de lê-lo e de realizar suas orações junto à
intimidade do Senhor.
O
autor desenvolve uma forma de “Como falar com Deus em todos os momentos e em
qualquer situação”. Como exemplo, há a oração de felicidade que, após a reza
iniciada pelo Padre, o orador com suas próprias palavras a conclui, encontrando
um espaço no livro para preenchê-la. Do mesmo modo, ocorre com as outras
preces, como a da alegria, da depressão, do amigo, da paz, do marido, da sogra
e do silêncio, entre outras.
Trata-se
de uma leitura agradável, com linguagem clara e objetiva, valorizando a
simplicidade. É possível, assim, conversar com Deus, em orações que representam
cada momento da vida.
Sejamos,
assim, revolucionários! Isto como sugerido pelo Papa Francisco e materializado
na obra do Padre Juarez. Desse modo, com o apoio do seu livro de orações, que
revoluciona o modo de se rezar, não só peçamos a Deus, mas também concretizemos
na realidade o bem que a religião cristã prega, revolucionando nossas vidas e o
mundo ao nosso redor. Isto com nossa família, nossos amigos e igualmente com
pessoas que não conhecemos ou que não compartilham a nossa intimidade.
Boa
leitura!
NMM