sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Ensina-me a rezar, do Padre Juarez de Castro, é uma obra revolucionária

Por Nicholas Maciel Merlone


A amizade, como afirma Aristóteles, trata-se de uma relação privilegiada entre duas pessoas, baseada na igualdade de estima recíproca e na confiança. Sendo assim, registro neste curto espaço algumas palavras sobre a obra
Ensina-me a rezar, do Padre e amigo Juarez de Castro.

O Estado brasileiro é laico, secular, ou seja, não admite a junção entre ele e as religiões. Nossa Constituição expressa logo em seu Preâmbulo que o Brasil está “Sob a proteção de Deus”. Ora, isso possui um significado simbólico e importante que demonstra a fé do povo brasileiro, porém não significa que deva ter força normativa, assim como já decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na verdade, as religiões devem coexistir em paz social e harmonia, com o respeito ao credo do próximo, sem que se interfira no mundo jurídico.

Por outro lado, como dito, tem fundamental importância por evidenciar a fé do brasileiro. Além disso, vale dizer que, em situações específicas, a Igreja e o Estado caminham juntos, como na execução de obras sociais.

Em 2013, o Papa Francisco, na Jornada Mundial da Juventude (JMJ),
  em seu penúltimo compromisso, disse aos jovens que ocupavam o Rio Centro (Rio de Janeiro / RJ) que sejam revolucionários, que vão contra a corrente.

Pois bem, o Padre Juarez de Castro, em sua última obra
Ensina-me a rezar, revoluciona o modo tradicional ao escrevê-la. Sim, trata-se de um livro revolucionário. Isto porque revoluciona a forma de lê-lo e de realizar suas orações junto à intimidade do Senhor.

O autor desenvolve uma forma de “Como falar com Deus em todos os momentos e em qualquer situação”. Como exemplo, há a oração de felicidade que, após a reza iniciada pelo Padre, o orador com suas próprias palavras a conclui, encontrando um espaço no livro para preenchê-la. Do mesmo modo, ocorre com as outras preces, como a da alegria, da depressão, do amigo, da paz, do marido, da sogra e do silêncio, entre outras.

Trata-se de uma leitura agradável, com linguagem clara e objetiva, valorizando a simplicidade. É possível, assim, conversar com Deus, em orações que representam cada momento da vida.

Sejamos, assim, revolucionários! Isto como sugerido pelo Papa Francisco e materializado na obra do Padre Juarez. Desse modo, com o apoio do seu livro de orações, que revoluciona o modo de se rezar, não só peçamos a Deus, mas também concretizemos na realidade o bem que a religião cristã prega, revolucionando nossas vidas e o mundo ao nosso redor. Isto com nossa família, nossos amigos e igualmente com pessoas que não conhecemos ou que não compartilham a nossa intimidade.

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Boa leitura!

NMM

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