sábado, 18 de junho de 2016

TEORIA & HISTÓRIA LITERÁRIA | José Veríssimo | História da Literatura Brasileira

A partir de Nota Bibliográfica (Wilson Lousada) e Prefácio (Tristão de Athayde) descortino um pouco sobre José Veríssimo, que nasceu em Belém do Pará, em 08 de abril de 1857, e faleceu em 02 de fevereiro de 1916. O autor mudou-se para o Rio de Janeiro, capital do Pais, de então. Lá estudou no Colégio Pedro II, e foi jornalista, como exemplo, no Jornal do Brasil. Cítico de sua época, afirmou que a Literatura Brasileira só ganhou autonomia com o Romantismo, estando, antes disso, vinculada à Literatura Portuguesa. Foi notável por criticar o nacionalismo e, além disto, por ter um enfoque objetivo, em detrimento de um olhar subjetivo. Sua época de atuação foi de modo maior o Realismo.
Na Introdução de sua obra sempre atual, História da Literatura Brasileira, alguns pontos ganham destaque. "Literatura é arte literária. Somente o escrito com o propósito ou a intuição dessa arte, isto é, com os artifícios de invenção e de composição que a constituem é, a meu ver literatura"(1969, p. 10). Ou ainda com crítica mordaz: "A história da literatura brasileira é, no meu conceito, a história do que nossa atividade literária sobrevive na memória coletiva de nação.[...] Ainda nela entram muitos nomes que podiam sem inconveniente ser omitidos, pois de fato bem pouco ou quase nada representam. [...]"
Para encerrar a Introdução de sua obra, Veríssimo assinala: "Por motivos óbvios de discrição literária não quisera este livro ocupar senão de mortos. Esta norma, porém, era quase impossível segui-la na última fase da nossa literatura, vivendo ainda, como felizmente vivem, alguns dos principais representantes dos movimentos literários nela ocorridos; calar-lhes os nomes seria deixar suspensa a história desses movimentos. Ainda assim apenas ocasionalmente, por amor de completar ou esclarecer a exposição, se dirá de vivos. Tal o espírito em que após mais de vinte e cinco anos de estudo da nossa literatura empreendo escrever-lhe a história. Não me anima, em toda a sinceridade o digo, a presunção de encher nenhuma lacuna nem de prevalecer contra o que do assunto há escrito, certamente com maior cabedal de saber e mais talento. Não há matéria que dispense novos estudos." (1969, pp. 15-16)

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